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Sobre nós

Publicado: Sábado, 27 de Março de 2021, 06h14 | Última atualização em Sábado, 27 de Março de 2021, 20h41 | Acessos: 2176

O NEC, o DART e a Unidade Acadêmica de Arte

A pesquisa, o ensino e a extensão em Música na Universidade Federal de Campina Grande podem ser compreendidos em quatro fases. A primeira fase, o início da atividade musical, ainda no âmbito da UFPB, Campus II, remonta à criação do Núcleo de Extensão Cultural (DART), em 1978, que foi idealizado pelo Reitor Lynaldo Cavalcanti com o objetivo de promover as artes cênicas, visuais e a música na Rainha da Borborema, razão pela qual foram oferecidos cursos nessas áreas à comunidade. Professores e artistas de várias partes do país e da própria cidade, de diversas áreas artísticas, foram contratados para formar o corpo docente. Dentre estes, pode-se citar os nomes de Roberto Coura (Fotografia), Antônio Barbosa Guimarães (Artes Plásticas), Hermano José e Eneida Agra Maracajá (Teatro). Inicialmente, o NEC funcionava no prédio onde atualmente está localizado o Museu Histórico de Campina Grande, sendo posteriormente transferido para o Teatro Municipal Severino Cabral. José Cláudio Baptista foi o diretor do NEC por um ano, sendo sucedido pelos professores Antônio José Madureira, Hermano José, Carlos Alan Peres da Silva, Fernando José Torres Barbosa, Eneida Agra Maracajá, dentre outros.

Na área musical, foram contratados dois grupos para o NEC: o Quarteto Telemann e o Quinteto Armorial, cujos componentes passaram a integrar o quadro de professores da UFPB. O primeiro, dedicado à flauta doce, era dirigido pelo professor Romero Ricardo Damião de Araújo e dedicava-se, fundamentalmente, à interpretação de música antiga, estando sediado na FURNE. O Quarteto Telemann foi convidado para integrar o NEC com o objetivo de trabalhar a música brasileira para flauta doce. No entanto, com a chegada do violonista Edvaldo Eulálio Cabral, o grupo recebeu nova nomenclatura, passando a chamar-se Cordas e Sopros. O Quinteto Armorial, por sua vez, era um grupo fundado por Ariano Suassuna e, como o próprio nome indicava, estava diretamente ligado ao movimento que marcou a cultura brasileira e nordestina nos anos setenta. Integravam o Quinteto Armorial àquela época os seguintes músicos: Fernando José Torres Barbosa (Flauta Transversal e Marimbau), Antônio Fernandes de Farias (Flauta Transversal), Antônio Carlos Nóbrega de Almeida (Violino), Antônio José Madureira (Violão) e Edilson Eulálio Cabral (Violão). O quinteto trabalhou no Núcleo de Extensão Cultural ministrando aulas, desenvolveu pesquisas de repertório, e gravou LPs até 1980, quando encerrou suas atividades. A maior parte dos professores foi contratada no dia 1º de março de 1978.

Além dos membros do Quarteto Telemann e do Quinteto Armorial foram também contratados para a área de Música Ricardo César, Euclides dos Santos, Francisco de Assis Cunha Metri, Nelson Matias, Célia Bretanha, dentre outros. O Quadro 1 apresenta a lista dos professores lotados no Núcleo de Extensão Cultural e, posteriormente, no Departamento de Artes da UFPB, Campus II, entre 1978-1998, isto é, antes da criação do Bacharelado em Arte e Mídia.

O  REUNI e a criação da Licenciatura e do Bacharelado em Música

A partir de 2007, com a sinalização do Governo Federal em torno da implementação do programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), a UFCG contemplou as duas dimensões do programa, seja na reestruturação de alguns dos cursos em funcionamento, quanto na criação de novas graduações, dentre as quais a Licenciatura e o Bacharelado em Música e o Bacharelado em Comunicação Social (Diurno e Noturno), com ênfase em Educomunicação. A criação da Licenciatura e do Bacharelado em Música, conforme descrito no Projeto Político-Pedagógico, "encerra a busca empreendida durante anos pelo Departamento de Artes, no seio do qual se originou a Unidade Acadêmica de Artes: a concretização dessa tarefa é somada à UFCG, entre os seus marcos de ampliação de expectativas e realizações quanto a produtos educativo-culturais cada vez mais qualitativos, que só enriquecem a Instituição que os gera, abriga e difunde" (UFCG, 2011, p. 4).

Além desses fatos, levaram-se em consideração, no processo de criação dos cursos de Música: a) o trabalho historicamente desenvolvido em nossa Unidade Acadêmica, desde os tempos do DART/UFPB; b) a alta demanda pelos cursos de Música, observada ano a ano nessa Unidade; c) o questionamento acerca dos destinos dos egressos de nossos cursos de extensão (muitos ex-alunos do DART são, atualmente, professores de Música, alguns com estabelecimentos próprios); e d) a significativa ausência de educadores musicais em nossas escolas de Ensino Fundamental e Médio – problema para o qual dever-se-á muito em breve encontrar soluções práticas e criativas, tendo em vista a aprovação de lei que torna Música conteúdo obrigatório nesses níveis educacionais (UFCG, 2011, p. 5).

Como é possível observar, três fatores foram determinantes para a criação dos cursos de Música: 1) a nossa vocação musical; 2) as sólidas e intermitentes práticas musicais desenvolvidas desde 1978 com a criação do Núcleo de Extensão Cultural e 3) o projeto de Reestruturação e Expansão da Universidades Federais (REUNI). A criação dos cursos de graduação em música afirma e amplia a continuidade do fazer musical na UFCG não somente na extensão, mas também na graduação. Para os seus professores, isso foi a concretização de um sonho; para a sociedade, representou a disponibilidade de uma formação musical sólida.

 

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